Campanha Vencer a Asma

Antes que a asma o vença a si!

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A campanha “Vencer a Asma” é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Grupo de Estudos em Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP), Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), com o apoio da GSK. A campanha “Vencer a Asma, antes que a Asma o vença a si!” pretende ouvir e compreender as limitações dos doentes asmáticos e melhorar a comunicação entre o médico e o doente, alertando também os doentes para a importância de não desvalorizarem os seus sintomas, de forma a poderem usufruir de um dia-a-dia sem limitações.

O que é a Asma?

A asma é uma doença crónica que provoca inflamação das vias aéreas dos pulmões, causando pieira, dispneia e tosse.1

Esta doença resulta do estreitamento dos brônquios, que pode ocorrer em várias circunstâncias. Consequentemente, o ar sai e entra nos pulmões com mais dificuldade.2 O estreitamento é provocado pelo aumento da parede dos brônquios e pela contração dos músculos que existem à volta dos mesmos. Desta forma, o interior dos brônquios torna-se mais reduzido e há uma maior quantidade de secreções.3

Patologia Crónica

A asma não é uma doença contagiosa e pode surgir em qualquer idade. Frequentemente ligada à rinite alérgica, aparece três vezes mais nas pessoas com rinite do que naquelas que nunca tiveram sintomas nasais.4 

Há que ter a noção de que se trata de uma patologia crónica, exigindo, portanto, um esforço de prevenção que em regra se prolonga por toda a vida de um asmático.5

Classificação da Gravidade5

A gravidade desta doença varia de pessoa para pessoa e, mesmo no próprio indivíduo ao longo do tempo. Assim, a asma pode ser classificada como ligeira, moderada ou grave/muito grave. Esta última corresponde a um quadro de asma que requer tratamento com doses elevadas de corticoesteróides inalados e um controlador adicional para prevenir o “descontrolo” da doença.

Asma e Asma Grave em Portugal

Referências: 6, 7 e 8

  • Portugueses afetados por Asma (6,8% da população) e destes, calcula-se que 10% sofra de Asma Grave.

    700mil
  • dos doentes asmáticos tem a sua situação de saúde controlada.

    57%
  • dos doentes “não controlados” consideravam que tinham a sua doença estabilizada.

    88%

Causas5

Os "ataques" de asma podem ser desencadeados por alergénios, pelo fumo do tabaco ou poluição atmosférica, pela prática de exercício físico intenso, por manifestações de emoção (por exemplo, o riso), pelo frio, por determinados alimentos ou os seus aditivos, por alguns medicamentos (por exemplo, aspirina e bloqueadores beta), etc.

É importante saber reconhecer as causas dos sintomas e dos ataques de asma. Assim, poderá evitar o seu aparecimento.

Sintomas5

A asma causa sintomas respiratórios, nomeadamente, dificuldade em respirar (ou dispneia), pieira ou chiadeira, sensação de aperto no tórax, tosse e cansaço. Por norma, podem surgir ao início da manhã ou num período noturno. A intensidade dos sintomas é muito variável de doente para doente e mesmo em cada doente, já que podem passar-se dias, semanas ou meses sem sintomas ou podem ser muito frequentes. Também a intensidade das crises pode ser muito diferente de dia para dia.

  • Cansaço incapacitante
  • Tosse
  • Dificuldade em respirar
  • Pieira
  • Aperto torácico

No que toca à Asma Grave, para além de um agravamento dos sintomas anteriores, também é possível que se verifiquem sensações intensas e aperto no peito e uma maior frequência e prolongamento dos ataques de asma.

Diagnóstico9

A maior dificuldade enfrentada no combate à asma é a falta de diagnóstico. O diagnóstico de asma baseia-se na elaboração da história clínica e nos exames-padrão:

  • Espirometria: Mede a velocidade à qual o ar se move no exterior para o interior dos pulmões e vice-versa, bem como o seu volume. É um exame não invasivo, indolor e rápido.
  • Peak Flow Meter (Debitómetro): Mede a velocidade de expiração do ar, numa expiração.
  • Teste ACT (Asthma Control Test): O ACT é um teste simples indicado para doentes com asma (de idade igual ou superior a 12 anos). Os resultados ajudam a determinar o nível de controlo da asma.10

Tratamento

Existem várias opções de tratamento para a Asma e Asma Grave, cuja indicação cabe ao profissional de saúde, de acordo com a gravidade da doença e as características da pessoa. Para otimizar o controlo da Asma, o tratamento deve ser ajustado num ciclo contínuo de avaliação, tratamento e revisão futuro de agudizações e efeitos colaterais de medicação.10

Controlo e Prevenção da doença

Ainda que não haja uma cura para a asma, esta doença pode ser prevenida e controlada, com recurso a medicamentos mas também com medidas não farmacológicas. As decisões terapêuticas devem ser feitas pelo médico, que selecionará a melhor opção consoante a gravidade ou os níveis de controlo da doença. Esta doença não deve ser estigmatizada ou motivo de censura social. Ter asma não é motivo de vergonha. Muitas celebridades – políticos, governantes, desportistas, artistas – são asmáticas e, no entanto, conseguem fazer uma vida normal.5

Dicas e recomendações

Com a ajuda do profissional de saúde, os doentes com asma devem aprender a:

  • Tomar os medicamentos correctamente;
  • Compreender as diferenças entre o alívio imediato da crise e o tratamento preventivo a longo prazo;
  • Evitar factores desencadeantes;
  • Monitorizar o estado da sua asma, reconhecer os sintomas;
  • Reconhecer os sinais de agravamento e tomar as medidas necessárias para procurar a ajuda médica adequada.

O profissional de saúde, trabalhando em conjunto com o doente, deverá estabelecer um plano escrito de controlo e tratamento da asma, que seja não apenas medicamente apropriado, mas igualmente prático e acessível.5

Em caso de dúvida consulte o seu médico.


Referências:

1. Global Strategy for Asthma Management and Prevention. Global Initiative for Asthma (GINA 2016)
2. Murdoch JR & Lloyd CM. Mutation Research 690 (2010) (24 – 39)
3. Brillet PY et al. Academic Radiology (2015)
4. Bergeron C & Hamid Q. 2005. Allergy, Asthma & Clinical Immunology
5. Manual de Boas Práticas Asma, da Direcção-Geral da Saúde
6. Prevalence of asthma in Portugal – The Portuguese National Asthma Survey
7. The ENFUMOSA cross-sectional European multicenter study of clinical phenotype of chronic severe asthma
8. Inquérito Nacional sobre o Controlo da Asma (INCA)
9. National Heart, Lung, and Blood Institute. What is Asthma? (online) 2012
10. Global Strategy for Asthma Management and Prevention. Global Initiative for Asthma (GINA 2019)